“Bem-aventurados
os misericordiosos, porque eles alcançarão misericórdia” (Mt 5:7).
No
ano do Jubileu Extraordinário da Misericórdia, nos foi reservado dias de muita
esperança e alegria durante a Jornada Mundial da Juventude com o Papa Francisco
em Cracóvia- Polônia, ocorrido nos dias 26 a 31 de julho.
Mais
de 2 milhões de jovens de todas as partes do mundo reuniram-se durante uma
semana, participando dos diversos momentos de oração, encontro e celebração.
Os jovens de todo o mundo foram a
Polônia para participar de momentos como
das catequeses proferidas nos respectivos idiomas de cada nação, nós
participamos da catequese em Língua Portuguesa, na qual estavam presentes
jovens de Portugal, Angola, São Tomé e claro, muitos brasileiros. No segundo dia da Jornada Mundial
da Juventude, deu-se início as catequeses, que aconteceram em diferentes
lugares de Cracóvia.
O Bispo de Patos de Minas Dom Frei
Claudio, proferiu-nos a catequese na Paróquia Militar de Santa Inês, que teve
como tema "Tempo de Misericórdia".O bispo de Guarda -
Portugal, Dom Manuel Felícionos falou sobre o tema “Deixar-se tocar pela misericórdia”, e
no último dia de catequese Dom
Bernardino Bispo de Caruaru falou sobre
o tema: "Sejam misericordiosos como o Pai é misericordioso"
Também
tivemos momentos muito profundos como a Via-Sacra com a presença do Papa,
adoração ao Santíssimo Sacramento e da Vigília durante toda a noite no Campo da
Misericórdia, culminando coma missa de encerramento da JMJ, presidida pelo Papa
Francisco.
Em
sua homilia de encerramento, o Papa refletiu sobre o Evangelho de Lucas 19,
1-10, que trata sobre o encontro entre Jesus e Zaqueu, que era o chefe dos
cobradores de impostos e, portanto, um homem visto como explorador de seu povo.
"Mas o encontro com Jesus muda sua vida, como acontece ou pode acontecer
com cada um de nós". Para que o encontro de Jesus fosse possível, Zaqueu
teve de enfrentar barreiras: a baixa estatura, a vergonha e o povo que o
recriminou. Assim acontece, muitas vezes, com cada pessoa que opta pelo seguimento
a Cristo.
Disse
o Papa aos jovens:"Poderão considerar-vos sonhadores, porque acreditais
numa humanidade nova, que não aceita o ódio entre os
povos, não vê as fronteiras dos países como barreiras e guarda as suas próprias
tradições, sem egoísmos e ressentimentos. Não desanimeis! “Com o vosso sorriso
e os braços abertos, pregais esperança e sois uma bênção para a única família
humana, que aqui tão bem representais”.
Lembrou
também que, para Jesus, ninguém é inferior ou insignificante. "Todos
somos prediletos e importantes: tu és importante! E Deus conta contigo por
aquilo que és não pelo que tens: a Seus olhos não vale nada a roupa que vestes
ou o celular que usas; para Deus não importa se andas ou não na moda,
importa-Lhes tu. A Seus olhos, tu vales; e o teu valor é inestimável".
O Papa convidou todos a ouvirem o que Jesus disse a Zaqueu naquele dia:
“Desce depressa, pois hoje tenho de ficar em tua casa”. Jesus nos convida:
'Hoje tenho de ficar em tua casa'.
E
o Papa nos dirigiu as seguintes palavras: A Sagrada Escritura ensina que Zaqueu
não se deixou paralisar pela vergonha, mas que atendeu imediatamente ao chamado
de Jesus. “Ele se arriscou e colocou-se a caminho, a disposição de Jesus”.
Aqui está também para nós o segredo da alegria: não apagar a
boa curiosidade, mas colocar-se em jogo, porque a vida não se deve fechar em
uma gaveta. “Perante Jesus, não se pode ficar sentado à espera de braços
cruzados; a Ele que nos dá a vida, não se pode responder com um pensamento ou
com uma simples “mensagem”. “Não tenhais medo de Lhe dizer ‘sim’ com todo o
entusiasmo do coração, de Lhe responder generosamente, de segui-Lo”. Não vos
deixeis anestesiar a alma, mas apostai no amor alegre, que requer também a
renúncia, e um 'não' forte ao doping do sucesso a todo custo e a droga de
pensar só em si mesmo e nas próprias comodidades", e assim encorajou-nos para
que não tenhamos medo. "Pensem nas palavras destes dias: 'Felizes os
misericordiosos, porque alcançarão misericórdia' (Mt 5,7)."
No encerramento da celebração, o Papa rezou o Ângelus e
anunciou a cidade do Panamá como sede da próxima JMJ, em 2019.
Como disse o Papa Francisco a JMJ não se encerra, mas nos envia a
sermos peregrinos, é um convite à vida
nova, um chamado a ser luz e sal da terra. Um sopro de esperança para o mundo,
que deve ser construído com base no amor, na partilha, na fraternidade e na
infinita misericórdia de Deus.
Para cada uma de nós, para cada Serva de Maria que participou
da Jornada, foi um momento de graça, de ouvir e acolher as palavras sempre
desafiadoras do Papa Francisco. Nossa gratidão a cada co-irmã de nossas
comunidades, a nossa Província e a Madre Geral com as comunidades da Polônia
que nos proporcionaram poder vivenciar
este momento tão grandioso para a vida da Igreja e de todos os Jovens católicos
do mundo.
Ir.
Josélia R. de Lima