Podemos comparar nossa existência a um bloco rochoso que um escultor toma nas
mãos e começa a esculpir. A rocha é forte, pesada, resistente, mas sensível o
bastante para deixar-nos modelar.
Nas mãos de um
escultor se entrega totalmente, confiando todo seu ser a um “desconhecido”, que
com delicadeza realizará a nobre missão de extrair a beleza escondida.
O processo é doloroso, cheio de cortes, batidas. A obra final
é desconhecida. Com total confiança, entrega-se sem saber em que será
transformada, mas vive a expectativa de tornar-se algo belo e radiante.
À medida que o escultor a modela,
quanto mais fundo chega, mais conhece seu interior e descobre toda beleza que
habita seu ser.
Os excessos se vão. Fica somente e
essência.
Assim somos nós. Seres em
constante processo de descoberta, de encontro com a essência. Entregues ao Divino Escultor vamos sendo
esculpidos. O processo é longo e vai durar a vida inteira. A cada dia, o Divino
escultor, nos fará perceber a beleza escondida, as fragilidades, as inseguranças,
e nos ajudará a deixar de lado todas as nossas impurezas, os excessos e no
final nos transformar em esculturas únicas, raras e radiantes.
O processo vale a pena, pois só
assim descobrimos quão especiais e valiosos somos, porque carregamos em nós a
imagem e semelhança do Divino Escultor.
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